Mais do mesmo

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Sobre o livro Despertar, de Sam Harris


Despertar
 
É enorme a quantidade de puxa-sacos desse Sam Harris. Seja no GR, no SKoob (as resenhas que li são tão rasas quanto o resenhado!). Já assisti a vídeos dele. São de dar sono. Só a minha curiosidade mórbida me impele a ver tudo até o fim. Então quando fiquei sabendo que ele também acha que é escritor, dei logo um jeito de ler esse livro "Despertar". Acho honroso perguntar primeiro e apedrejar depois.
Portanto lá vai pedra!
O livro pretende ser (apesar de o tempo todo insistir que não é) um guia para os buscadores "espirituais" - palavra que na "desdefinição" de SH (e da cavalgadura morrida chamada Christopher Hitchens) equivale ao frêmito que um apreciador das artes experimentaria ao ver a Mona Lisa.
Usuário de droga alucinógena na juventude e agora neurocientista, o homem parece ser A autoridade em matéria de cérebro e mente. Do alto de seus vastos estudos, usando droga e meditando no Himalaia (nossa, que exótico!), a mente - axioma dos "ateuses" modernos, Richard Dawkins, etc. - depende do cérebro, sendo uma função dele. A mesma arenga materialista de sempre!
Curioso observar que em algumas partes do livro o sujeito gasta tinta (e muita) desenterrando gente como Rajneesh, Jim Jones (do Charles Manson ele não falou) e outros, simplesmente para dizer que não há guias confiáveis. Ele foi atrás de quem para meditar nas montanhas? Ele então é um falso, pois entregou apenas parte da confiança ao guru! Bom, só pode receber parte do ensinamento! Não adianta querer tudo se o que se dá é parcial.
Meteu o pau na HP Blavatsky e na Teosofia. Mas observa a insanidade do elemento: o budismo tibetano, ao qual ele tece várias loas no decorrer do texto foi exatamente o berço da Teosofia.
E parece que não aprendeu muita coisa, pois termina o livro dizendo que suas filhas (pobres crianças!) "com certeza" vão usar drogas e que estará lá (não sei onde, na sarjeta, talvez) para apoia-las (!).
Perda de tempo. Não recomendo a um buscador sério! Não recomendo a quem pense! Embasbaca é saber que o livro é aclamado por tanta gente. Mas quantidade nunca foi qualidade mesmo.

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